Já há bastante tempo que estava à espera desta estreia. Infelizmente, não houve disponibilidade de ir à estreia na Quinta, mas fui na Sexta, menos mal. Sinceramente, estava à espera de mais gente na sala. Em relação ao Sexo e a Cidade, não há comparação possível, apesar de tudo, gosto da sala com pouca gente (menos pessoas a f******-me o juízo). Felizmente, fui para lá sem grande conhecimento do que iria ver. O trailer, na minha opinião, não revela muita da história, o que é bastante positivo. Contudo, não podia faltar, atrás de mim, dois indivíduos a comentar o filme, do início ao fim. Enfim, tones há em todo o lado.
A história, na minha opinião, dá voltas demais. Se por um lado é bom, porque nunca se sabe o que vai acontecer a seguir, por outro lado, perde um bocado de consistência. Contudo, a história está porreira, não estava mesmo nada à espera do final. O aparecimento do Duas-faces, veio dar um toque especial ao filme. A maneira como surge e a maneira como se transforma está bastante interessante. Apesar de achar que o motivo que o levou a tornar-se “mau” é um bocado forçado. O seu fim, soube-me, honestamente, a pouco. Seria bem melhor a sua continuação, de modo a sabermos um pouco sobre a sequela. A performance de Christian Bale ( Batman ), sinceramente, desiludiu-me bastante. Não sei se será culpa do guião, ou se é mesmo culpa do actor. Tenho uma grande inclinação, para a primeira hipótese. Também o tom da voz, quando se mascara de Batman é simplesmente nojenta. Frases “cliché” é uma constante no filme, vindas de Batman. A grande pérola do filme, foi mesmo a actuação de Heath Ledger ( Joker ), como sabem faleceu este ano. Heath conseguiu, sem dúvida alguma, encarnar a personagem Joker bastante bem. A linguagem corporal e as falas foram feitas brilhantemente. Era engraçado, como eu só esperava que Joker entrasse em cena, para mostrar a sua graça. Morgan Freeman, também aparece, à semelhança da prequela. Sem nada a assinalar, em especial. A música do filme, cria uma atmosfera pesada e negra, na minha opinião, era mesmo esse o objectivo. A acção está bem constituída e, nessa parte, não tenho grande coisa a assinalar, apesar da última cena de acção, sinceramente, soube-me a pouco. Algumas cenas que pecam, por falta de realismo, mas enfim, temos que nos lembrar que isto é um filme.
Gostei bastante do filme. Contudo, condeno bastante a sua realização, uma vez que já existia um filme do Batman e do Joker, criado por Tim Burton. Pessoalmente, achei o filme de Tim Burton mais divertido, este novo, mais pesado e negro. Mesmo assim, a actuação de Heath, não fica atrás de Jack Nicholson, sinceramente, era disso que tinha mais medo, mas Heath portou-se bem. Valeu bem o dinheiro dado por ele, sem dúvida um filme que vai ficar lembrado. Espero que na sequela, as falas de Batman estejam mais trabalhadas, porque, para mim, é nisso em que o filme mais peca.
Hulk, Hancock e Batman 😯
Preciso de férias, meu Zeus…
Só vou ver se for obrigada… Não é o tipo de filme que aprecie, e as críticas também não são muito favoráveis: peca pelo defeito de muitos filmes actualmente, terem demasiados efeitos especiais que ofuscam o argumento (quando existe…). O que salva parece ser mesmo a interpretação de Heath Ledger: só de ver a sua caracterização se percebe que o filme deve ser mesmo mais “dark”, com a sua personagem a condizer.
Está “fortíssimo”, o Heath.
Engraçado, também fui ver na Sexta e a minha sala estava bastante cheia (comparativamente àquilo que se viu no “Hulk”). E tive a felicidade de ter um casal ao meu lado, cujo interesse no filme, diria eu, era quase nulo… não fossem as cotoveladas ocasionais e nem me teria importado muito… mas enfim, o preço a pagar por querer ver um filme no cinema, nos dias de hoje.
Quanto ao filme… bem, tenho a dizer que gostei muito. É, a par do recente “Hulk” e do “Spiderman 2”, o meu filme favorito de Super-heróis. Toda a atmosfera depressiva do filme, a tragédia, a história… está tudo sublime. Não acho que seja um factor negativo o facto de “dar muitas voltas” – penso que teve sensivelmente a mesma duração que o “Iron Man”, e esse pareceu-me bastante mais longo. É um filme complexo, sim, e que arrisca a ser diferente do que se vê habitualmente no género. A dada altura do filme, deixam de existir momentos “light”… refiro-me, claro, à parte em que a Rachel (óptima Maggie Gyllenhaal) morre. Sejamos sinceros… quantos filmes deste género arriscam a matar o par romântico do herói? O “Spiderman” anda a colocar a Mary Jane em situações de quase morte há três filmes, por exemplo! Por isso, sim, foi surpreendente terem tido coragem para isso… e esse acontecimento é crucial para o resto do filme.
A última parte, com a situação dos dois barcos e o toque genial dos reféns serem os mascarados, está excelente. O confronto também não me desiludiu nem me soube a pouco!
Quanto ao Christian Bale, não me incomodou nada, excepto talvez a voz que fazia… mas nada de muito grave, na minha opinião! O Heath está muito bom, mas já tinha provado há algum tempo que era um actor deste calibre.
Podia ficar aqui a falar do filme, da cuidada estrutura do argumento (e da sua imprevisibilidade), etc… mas acho que já cheguei onde queria chegar. Foi uma surpresa, não esperava tanto, devo confessar. Sim, há algumas cenas menos irreais, claro, como quando ele salva a Rachel na cena do baile, por exemplo, mas… é um filme, como dizes… e, no que toca a este género – ando às voltas -, é dos mais realistas.
Só uma nota:
“2marialynce
Só vou ver se for obrigada… Não é o tipo de filme que aprecie, e as críticas também não são muito favoráveis: peca pelo defeito de muitos filmes actualmente, terem demasiados efeitos especiais que ofuscam o argumento (quando existe…). O que salva parece ser mesmo a interpretação de Heath Ledger: só de ver a sua caracterização se percebe que o filme deve ser mesmo mais “dark”, com a sua personagem a condizer.”
marialynce, não sei que críticas andou a ler… pelo que eu tenho visto, o filme tem sido um tremendo sucesso entre a crítica (e não estou a falar dos senhores que escrevem um parágrafo para o “Público”)! Os efeitos especiais ofuscam o argumento? O próprio Nolan insistiu para que se usasse o mínimo de CGI e afins… pode crer que isso não acontece, antes pelo contrário! E acho que O Heath Ledger (indepententemente do brilhantismo da sua performance) está, sim, a “ofuscar” o excelente trabalho quer do realizador, quer dos restantes actores, que estão ao mesmo nível que ele, a meu ver. Aguardo o terceiro!
Rúben
“Sim, há algumas cenas menos irreais, claro, como quando ele salva a Rachel na cena do baile,”
há algumas cenas menos realistas*
Concordo com o que dizes, em relação à morte da Rachel. Poucos ousariam a matar o par romântico…
Amei “os dois Batman” de Nolam . E Christian Bale é simplesmente o melhor, e aliás gosto deste tipo de filme, sim, principalmente quando é produzido e dirigido com todo esse capricho