Já tinha saudades e necessidade de escrever este género de posts. Esperava voltar à carga, com um filme mais dignificante, mas, como a vontade é maior que o orgulho, ficar-me-ei por este. Sinto-me, não sei porquê, com um pé atrás com filmes de Disney, dois com filmes sobre jogos de computador, mais um com produções do Bruckheimer (sim, o gajo dos CSI’s) e mais outro por não ser o filme que eu tinha inicialmente planeado ver. É injusto, eu sei, entrar para uma sala de cinema, com tais barreiras mentais, mas o que tem que ser, tem que ser com muita força e lá me sentei não nos piores, mas pelo menos nessa categoria, lugares da salas (mesmo no topo e num canto). O filme começou… Começou, e começou infimamente mal: frases do mais genérico e banal que existe, tendo como fundo um deserto. Frases daquelas que gostamos de ouvir, mas que se pensarmos por dois segundos delas, valem tanto como um cheeseburger. É rasca, é comum, é foleiro. Engoli e lá continuei a ver. Em seguida, de uma maneira ou de outra, a mente do espectador é imediatamente moldada, mostrando como é que o nosso Donnie Darko se tornou o que é. Imediatamente, sentimos aquela sensação de: é pá, o rapaz agora é da realeza, mas isso não lhe subiu à cabeça, continua bom moço e com bom coração. De uma forma, quase automática, ficamos agradados com o herói que nos saiu na rifa (ninguém gosta de anti-heróis, principalmente num filme da Disney).
A história, em si, tendo alguns “twists” , não deixa de ser banal, tendo os elementos clássicos: um herói, o armagedon, uma gaja, um inimigo. E o fim, igualmente clássico: armagedon evitado, inimigo morto, herói e gaja juntos. É simples, é rápido e o pessoal pede mais. Claro que nada disto me surpreendeu e se dissesse o contrário, estava-me a enganar. Eu sei bem porque é que entrei dentro da sala: bom entretenimento. Muita acção e adrenalina. Era isso que eu procurava, uma hora e meia do clássico: tiros e bombas e socos nas trombas, não era propriamente de um novo Silêncio do Inocentes, ou de um Pulp Fiction. Terá o filme conseguido encher-me as “medidas”? Nem de perto, nem de longe. As lutas (sim, eu admito!!! Eu estava ali por elas), eram desinteressantes, não tinham grande complexidade e acabavam tão rapidamente como a vontade de continuar a ver o filme. O resto da acção, centrou-se em cenas de fugas com base em parkour. Sem dúvida, bem superiores à luta. Mas também, não tão boas que valessem o preço pago pelo bilhete. Outro elemento que, quando apareceu, parecia que iria dar alguma vida ao filme, depressa se revelou uma valente fantochada: os hassassins. Como o próprio nome indica, é um conjunto de indivíduos que mata a troco de dinheiro, nada de original até aqui, mas por momentos, pensei que as cenas de luta poderiam tornar-se mais brutais. Mais uma vez, tudo se revelou fogo de vista. Além de não trazer elementos novos ao filme, conseguiu, por incrível que possa parecer, torná-lo mais estúpido e infantil. Inicialmente, como é que eles apareceram? Com alguns mini tornados de areia. Mas quê, eles criam-nos? Eles são os tornados? Qual é o objectivo, torná-los ainda mais surreais? Tornar o filme ainda mais idiota? Sim, para a última pergunta. Em seguida, a primeira cena de acção envolvendo os ditos: atacar um acampamento com cobras. Imaginem cinco ou mais cobras, a atacar de surpresa, e estrategicamente, um grupo de soldados a dormir. Mas elas são o quê, cães de caça? Genial, talvez, para um puto com dez anos. Enfim, uma boa oportunidade para se ver lutas dignas de filmes com o Jet Li (e eu com isto, não estou a dizer que as lutas dos filmes com o Jet Li são brilhantes, mas convencem-me e, para mim, são bom entretenimento) desperdiçada. E que é que leva tudo isto a acontecer? Um indivíduo careca, frustrado da vida, com inveja do seu irmão que é rei. Acho que isto é qualquer coisa nunca antes visto. Depois, a pequena componente que se tenta encaixar em qualquer lado: a parte cómica. Neste caso, era um indivíduo que não pagava impostos e fazias corridas com avestruzes. Claro que o pessoal, achou um piadão a corridas com aqueles animais e com o facto do gajo fugir ao fisco: em tempos de falta de dinheiro, comédia à volta do tema, consegue ampliar a estupidez. O funcionamento da adaga, que todos andam atrás, também tem o seu quê de original: para funcionar, carrega-se no “red button”, para carregar a dita, na falta de pilhas, põe-se uma areia, assim mesmo mesmo, especial. Acho que esta ideia, só podia sair dos estúdios da Disney. Em conclusão: um desperdício ver o Jake Gyllenhaal fazer este tipo de filmes. Mas eu compreendo-o, um homem tem que ganhar a vida. Desperdício maior ainda, pegarem num mundo que é o Prince of Persia, para muitos de nós (como eu me lembro do Prince of Persia 3D) e arruiná-lo, como tem vindo a acontecer com muitos outros heróis. É, sem dúvida alguma, uma pena, chegar ao ponto em que já não há nada de novo para se mostrar e triste por se fazer tudo por dinheiro: ao ponto de destruir a hipótese de nascer algo, com qualidade, para os fãs e, sendo com qualidade, criar ainda mais fãs.
“É injusto, eu sei, entrar para uma sala de cinema, com tais barreiras mentais”
injusto?! Esse filme, sem ver, digo-te que é claramente uma merda…A não ser que as cenas do trailer nem sequer façam parte do filme, ou seja uma espécie de extras de mau-gosto…
Olha que gastar dinheiro no bilhete de cinema pra ver isso, é qualquer coisa 😛
Pedro, como antes de ver um filme você já acha que é uma “merda”? Isso é, no mínino, infantil. Como fã de longa data dos jogos de Prince of Persia, tinha o mesmo pensamento. Fã que é fã tem que criticar, né? Nada tá bom! Mas, fui ao cinema e me surprendi. O filme é bom sim!
Em vários momentos lembrei-me do jogo, que história linda aquela. O filme mudou um pouco, claro, mas nada que estragasse. Pelo contrário, achei a história bem adaptada, bonita e feita para o cinema. Mano, acho que devia assistir antes de criticar, seu pensamento pode mudar. Ou não, você que sabe. Mas, eu particularmente, gostei bastante. De longe, a melhor adaptação dos video games já feita.
“Mano, acho que devia assistir antes de criticar, seu pensamento pode mudar.” isto é verdade, caso nunca tivesse visto um filme na minha vida e caso nunca tivesse visto o trailer.
Quando se vê cinema há muito tempo, começa-se a ter um feeling, um instinto que me diz se vou ver mais do mesmo ou se não vou gostar.
A vida é demasiado curta para perder tempo com maus filmes ou maus livros.
Não é uma questão de capricho.
Primeiramente Araújo vai se fuder seu retardado mental! [ adoro ]
e segundo o cara q escreveu isso ai sobre o filme é outro doente sem juizo q nao tem nada na vida pra fazer e fica falando bosta sobre um filme show desses.
O filme simplesmente é Ótimo! Efeitos perfeitos, Lutas perfeitas, lembra muito o jogo e tambem lembra o assassin’ creed. O romance dificil e a fuga com a princesa simplesmente completaram o enredo.
Filme nota – 10
Araújo e essa bixa q escreveu esse lixo ai nota – 0 [ ou -10 =d ]
vou já comprar o DVD, logo a seguir ao Karate Kid e ao Dragon Ball Evolution…
“O filme simplesmente é Ótimo! Efeitos perfeitos, Lutas perfeitas […] O romance dificil e a fuga com a princesa simplesmente completaram o enredo.”
Um primor de originalidade. Esse filme é tanto melhor, quanto menos cérebro, idade, e tempo livre ao Domingo à tarde…
“Araújo e essa bixa” o q eu me ri com isto 😀 😀
Porque nem me vou dar muito ao trabalho de te responder, dá-te por muito feliz por o teu comentário ter sido aceite, lê isto e isto (pontuação do imdb e reviews externas de gente que sabe o que é cinema). Se não souberes ler inglês usa isto.
[…] É fácil de perceber porquê, sabendo que é baseado em factos reais, “uma ficção rodada como se fosse um documentário”, segundo Wang Bing. Não é um filme para ver e comer pipocas ao mesmo tempo, não é daqueles que se vê o trailer e viu-se o filme. […]