Hoje fiquei curioso com uma pergunta que me fizeram e que inicialmente poderia ser algo rápido de responder, tornou-se numa animada discussão:
Uma foca cheira a quê? Peixe, ou a foca?
Aparentemente, cheiram a peixe ( ao que me foi dito ). Contudo, a minha primeira resposta foi que cheirava a foca. Mas depois de pensar um pouco, é irrelevante o facto de cheirar a peixe ou a outra coisa qualquer. Através de um argumento empirista, podemos ( e mais uma vez supondo que as focas cheiram a peixe ) dizer que uma foca cheira a peixe. Mas isto é falso.Porquê? Poderemos provar com 100% de certeza que todas as focas do mundo irão cheirar a peixe? A resposta é bastante óbvia. Mas eu posso dar um exemplo: uma foca acabada de nascer. A única certeza que temos, por muito banho que a foca tome, é que ela irá cheirar sempre a si própria. É redundante, mas é a resposta mais correcta entre as duas. Da mesma maneira que podemos dizer que amanhã o sol vai nascer e assim por diante, não podemos dar certezas que assim sempre será. Usar as nossas experiências como meio para decidir, é algo que fazemos todos os dias. Mas ao fazer a escolha, arriscamos, provavelmente acertamos por que sempre assim foi, mas e desta vez? Será que assim vai ser?
Contudo…
Posso partir da premissa que:
1) Todas as focas cheiram a peixe….
2) Aquele animal é uma foca…
3) Logo aquele animal cheira a peixe…
O problema aqui é bastante óbvio, partir de um pressuposto errado: todas as focas cheiram a peixe. Mas se formos olhar apenas para a componente dedutiva, o argumento é verdadeiro.