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Archive for Abril, 2010

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Se tudo está estabelecido, se de facto existe o conceito de “destino” e este é uma realidade, qual é o propósito de viver? Qual é a vontade que existe em começar um dia, sabendo que por muito idiotice nos vá sair da cabeça, por muitos amuos, por muitos desejos e repressões, se independentemente, e pensando em infinitas combinações, daquilo que façamos, algo já está escrito/estipulado? É um problema que, volta e meia, toma o meu tempo. Qual, é a minha responsabilidade como indivíduo perante uma sociedade, se tudo o que eu fizer, independentemente daquilo que faça, está estabelecido? Poderei ser condenado, por algo que não tenho controlo? Mais, de que maneira, partindo de um primeiro pressuposto ( o pressuposto de um destino pré-estabelecido ), existe livre arbítrio? De que maneira, somos livres?

“O homem está condenado a ser livre.”, Jean Paul Sartre

Seremos livres? Ou pensámos que o somos? O facto de nascermos em determinado local, sermos educados de determinada maneira, termos uns certos pais e uma certa condição económica. Nada disto está sobre o nosso poder, duvido mesmo que aquilo que escolhemos: até mesmo um pão com fiambre, seja da nossa própria autoria. Mas não mais que uma necessidade do nosso organismo em comer algo salgado, ou em comer algo com proteínas. Seremos assim livres? Não conseguimos ser livres, se em todo o lado estamos algemados.

Porquê fiambre, quando podia ter sido compota.

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É um facto, não é a primeira vez que o digo, mas volto a dizer: fico com vontade de escrever mais, quando leio, ou escrevo algo. Por isso mesmo, um obrigado ao Pedro, por me pôr indirectamente, havia ele lá de saber se eu não estivesse a escrever isto, a escrever. Volta e meia lembro-me de escrever sobre algo, normalmente quando vou a conduzir, óptimos momentos para filosofar, mas a preguiça e o alzheimer atacam, e aquelas brilhantes ideias vão pelo cano abaixo. Continuando a falar sobre o Pedro, gosto bastante daquilo que ele faz: escrever posts com antecedência, gravando um rascunho e voltar mais tarde, ou as vezes que forem precisas, para a obra-prima sair bem polida, revelam perfeccionismo e, como diria alguém, “rigor profissional” . Pois bem, não tenho paciência para isso. Gosto de escrever por impulso e se naquele momento tenho o PC à mão e apetece-me escrever sobre algo, faço-o e acabou. Não volto a pegar nele, honestamente detesto fazê-lo. Provavelmente, porque nasci cansado. Mas chega de notas, sim até agora o que escrevi não tem nada a ver sobre o que quero escrever, e passemos ao post em si:

Porque é que eu acordo de manhã, tomo o pequeno almoço e vou para a escola? O que me faz, por assim dizer, viver? Qual é o objectivo? Qual é o objectivo de saber que, quando tiver filhos, eles terão que passar por um processo semelhante a todos os outros filhos e pais e idiotas? Nascer, brincar, creche, escola, desenhos animados, aprender a andar de bicicleta, trabalhos de casa, primeira namorada, mais escola,  amigos, primeiros desgostos, mais escola, descoberta de um hobbie, descoberta de um desporto, dificuldades em escolher um curso, ou um emprego, necessidade de encontrar um emprego após o curso, assentar com a namorada, encontrar casa, pagar o empréstimo até morrer, pagar o carro, pagar as contas habituais, ter um filho, ter mais contas, ter outro filho, contas com os filhos, vê-los crescer e a ter os seus próprios filhos e, finalmente, depois de fazer umas descrição de 90% de nós, morrer. É isto a vida. Eu sei que vai ser assim, quem está a ler isto, sabe que vai ser assim, ou pelo menos pensamos que vai ser assim (digo pensar porque podemos morrer entretanto). É isto a vida, neste momento estamos reduzidos a algo descrito em dois minutos. Sinto-me mal, porque não há maneira de fugir a isto, infelizmente. Vidente? Qual vidente, é assim que as coisas funcionam, eu sei e grande parte das pessoas sabe-o, mas nunca chega a pensar nas coisas desta forma. Eu gostava de ser o maior idiota do mundo, ou perto disso. A sério, porque os idiotas são as pessoas mais felizes do mundo.  Não pensam no que se vai passar a seguir, não sonham demasiado alto, gostam do que têm. Se tiverem mais, melhor, mas não sonham alto, ou baixo, ou de qualquer forma. Eu às vezes, gostava de ser assim. Já confessei a algumas pessoas, que naturalmente se riem de mim, o seguinte: gostava de viver numa tribo, na Amazónia, ou em África.  Porquê? Porque são, provavelmente, as pessoas mais felizes do mundo. Algo que eu li há imenso tempo,sobre o qual até gostaria de deixar a referência, mas não a encontro, e que me deixou maravilhado: indivíduos pertencentes a tribos indígenas, são pessoas que têm, comparativamente a nós, uma percentagem mais baixa de ter problemas psicológicos. Faz sentido, se pensarmos nisso. Não há emprego, além do trabalho que se tem regularmente: caçar, melhor a casa, ou prepara-la para o inverno, trabalhos domésticos, etc. Não há contas para pagar, não há stress, não há filas de trânsito, não há prazos, mas mais importante é o seguinte: não existe inveja, no sentido em que é impossível pensar em ter algo melhor que o outro, ou até mesmo melhor do que o que nós temos actualmente. Eu dou um pequeno exemplo, para desambiguar o que acabei de dizer: eu tenho um Corsa, neste momento gostava de ter um SLK novinho. Ou até mesmo, tenho uma televisão, mas gostava de ter uma melhor. É impossível estes tipos de desejos, porque não existe conhecimento de tal coisa. Troca-se a ignorância, por felicidade. O ponto mais alto que posso atingir é este: ter uma mulher, filhos e uma cabana grande o suficiente para nos abrigarmos. Não importa mais nada, nem roupa, nem jogos, nem merda nenhuma que no fundo, apenas alimentam o nosso constante desejo de futilidade plastificada.  Há o básico: amor. Que em última instância se traduz em felicidade. Isso, saber que de manhã bem cedo, iria ter a minha mulher ao meu lado a dormir, e iria acordar o meu filho para ir caçar o almoço, isso sim, sem dúvida, me faria levantar da cama…

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