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Posts Tagged ‘Alunos’

Começo sem introduções chatas e sem sentido prático algum (até porque já é tarde e estou cansado):

O que é um bom professor?

Se alguém me perguntasse isso, eu responderia: é uma pergunta bastante subjectiva. Até porque, para mim qualidades essenciais, para ser um bom profissional, podem ser umas e, para outro indivíduo, outras quaisquer. Mas não fugindo da pergunta. Se alguém me perguntasse tal coisa, talvez começasse por dizer:

Na realidade não sei. Já tive bons professores com personalidades bastante distintas e, no entanto, eram, sem dúvida, grandes profissionais. Já tive professores que percebiam do assunto e eram bastante antipáticos e pouco dados a confiança. Como também já tive professores com um sentido de humor brilhante e que davam imensa confiança e eram também bons profissionais.

Mas qual é a característica fundamental e essencial para se tornar um bom professor? Comecemos por ver o que é ser um professor. Qual é a sua função? Diria que é transmitir conhecimentos de uma forma clara e perceptível aos alunos, de forma a eles compreenderem os assuntos abordados . Não digo dominar, mas sim compreender. A parte do “domínio” é uma tarefa do aluno e não do docente. Porque compreendo que há pessoas que percebem intimamente conceitos complexos e são professores. Mas será suficiente dominar esses conceitos? Penso que não. De que serve um indivíduo falar de uma forma tão rebuscada e abstracta? Até pode ser um génio de que nada serve. E aqui os principais interessados são os alunos. Será que um professor autoritário é um mau professor? Para muita gente será. Será que um professor que não faça a “papinha toda” é um mau profissional? Para muita gente, sem dúvida alguma, é. Será que um professor rígido nas suas convicções e com dificuldade em aceitar opiniões de terceiros é um mau docente? Acho que sim. Eu vejo um professor, quase como um guia. Um guia que nos vai tirar de uma caverna escura que é a ignorância. Mas o não aceitar opiniões e defender dogmas descabidos não fará parte da teimosia? E a teimosia parte da ignorância? Acredito que sim. Pois bem, para mim isto é um bom professor:

Um indivíduo capaz de expressar os seus conhecimentos, sobre um dado tema, de uma forma perceptível à sua turma . Um indivíduo capaz de aceitar que errou à frente dos seus alunos. Um indivíduo capaz de se flexibilizar e aceitar outras opiniões. Um indivíduo que gosta do que faz e que gosta de se instruir na sua área. Um indivíduo que incentive os seus alunos. Um indivíduo que consiga apaixonar os alunos por aquela área.

Independentemente de ser carrancudo ou não, isto, para mim, é um bom professor.

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Sendo eu um perfeito ignorante na matéria. Apesar de o ser e ter bem noção de que o sou, faço parte deste país e como tal falo. Falo e de quê ? Da vergonha que se está a passar neste momento. E que vergonha é essa? Realmente, é difícil ver qual delas é. Mas, hoje, só vou falar de uma. O estado da educação no nosso país. Após todo o rebuliço que tem havido, decidi eu expressar a minha opinião. O nosso governo é engraçado. É engraçado virem falar de estatísticas, é engraçado é. Dizer que a média das notas no exame de matemática subiu. Porra, senão subisse é que era o cúmulo. Vêm agora dizer, que essa subida é promocional ao conhecimento dos alunos. Deixem-se de tretas. Até um cego vê o que se está a passar. Só não vê quem é hipócrita. Vocês baixam a fasquia dos exames, para o mais vergonhoso que há. Depois, vêm dizer que a média subiu graças às políticas educacionais do Ministério da Educação. O mais engraçado nisto, é a convicção como garantem que essas políticas foram essenciais para esse melhoramento. Em seguida, vêm dizer que o órgão que criou os exames é independente do Ministério da Educação. Enfim, enfim. Os professores no meio disto tudo, não passam do marionetas. Os que são bons, não podem fazer nada realmente. Dão as aulas o melhor que podem, e desde já fica o meu agradecimento. Os que não sabem dar, são uns pobres diabos. Que além de não querer saber dos alunos, não sabem do que falam. Depois, ainda há os que sabem, mas não sabem leccionar. Meus amigos, há pessoas que sabem ensinar, outros não. No final das contas, quem sofre é o aluno. Por duas razões. Primeiro, porque pensa que percebe da matéria. Mas em comparação ao resto da Europa, somos uns perfeitos ignorantes. Comparai um aluno da Finlândia com um aluno português. Lá está, nem há comparação, tanto a nível de conhecimentos, como em nível de educação. Claro, claro que há excepções como em tudo, mas regra geral é assim. Em termos de educacionais, estaria a entrar por outros caminhos que não são chamados para aqui. Em segundo lugar, chegam às universidades e é o que é. Toda a gente chumba e dizem que não têm bases. Depois os pais admiram-se com isso, uma vez que o seu filho tirou um quinze no exame de matemática, mas é incapaz de passar a uma disciplina de matemática na universidade, fundamentando falta de bases. No final, um aluno demora mais tempo a sair para o mercado de trabalho. Quando finalmente sai, não sabe o que está a fazer no emprego. Mas, mais uma vez, não quero falar disso, porque estaria a entrar noutros caminhos. Por isso, não venham para a televisão falar em estatísticas. Sejai honestos para com o país. Admitai os vossos erros. Fica melhor isso, que mentir à descarada. Não se esqueçam disto, vocês também vão sair prejudicados com isto tudo.

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